Meninos orfãos at the Jesuit mission of Ormuz (1553)

Ruiz Jiménez, Juan
Real Academia de Bellas Artes de Granada
0000-0001-8347-0988

Abstract

In 1553, the Jesuit António de Herédia left Goa, accompanied by Father Alejo Diaz and three meninos orfãos from the College of Meninos Órfãos in Lisbon, who had arrived in Goa in 1551. In the Jesuit mission that Father Gaspar Barzeo had established in 1549 on this flourishing island in the Persian Gulf, they would continue the evangelising work of their predecessors, in which these three children played an important role in the musical solemnisation of the liturgy and processions, as well as helping the fathers in the doctrinal work they carried out with a local population of very different origins.

Keywords

procession , baptism , litany , hymn , mass , Laudate pueri Dominum (salmo) , psalm , confraternities project , Gaspar Barzeo (jesuit) , Alejo Diaz (jesuit) , António de Herédia (jesuit) , children of the college of Meninos Órfãos in Lisbon , Society of Jesus , disciplinants , confraternity of Bon Jesus


El jesuita holandés Gaspar Barzeo (= Barzaeus = Berze, 1515-1553), a instancias de Francisco Javier, fundó en la isla de Ormuz (Irán) la primera misión de la Compañía de Jesús en el Golfo Pérsico, en 1549. Este importante enclave comercial tenía una población que superaba los 50.000 habitantes, entre los que se encontraban hindúes, persas, judíos y varios cientos de portugueses, ya que tras su conquista por Afonso de Alburquerque entre 1507 y 1515 permaneció bajo soberanía portuguesa hasta 1622. La iglesia jesuítica estaba dedicada a Sao Paulo. Esta primera misión duró hasta 1568, debido a las duras condiciones climáticas y a la refractariedad de la población local a la conversión a un nuevo credo.

En una carta, escrita desde Ormuz (= Armucia) el 24 de septiembre de 1553, por el padre Alejo Diaz a Luís Gonçalves da Câmara, en Roma, encontramos varias referencias a la llegada a esta misión de tres de los meninos orfãos procedentes del colegio de Meninos Órfãos de Lisboa que habían arribado a Goa en 1551. Véase: https://www.historicalsoundscapes.com/evento/1018/lisboa;

https://www.historicalsoundscapes.com/evento/1020/goa.

El padre Díaz nos dice que fue a Ormuz acompañando al jesuita António de Herédia, el cual había sido designado por Barzeo para sustituir al padre Gonçalo Rodrigues en el gobierno de esta misión. Salieron de Goa el 2 de abril de 1553, día de Pascua de Resurrección. La sucesión de ocho días de ausencia total de viento comenzó a minar el ánimo de los que iban en el barco, por lo que el padre Antonio:

“Ordenou logo huma procissão polla nao com tres meninos orfãos, que o padre mestre Gaspar lhe deu, certo muito virtuosos meninos. E a hum dominguo à noite levamos na procissão hum crucifixo muito devoto e tambem huma imagem de Nossa Senhora da Piedade, cantando a ladainha e depois alguns himnos, e a gente em muito boa ordem com muitas candeas e cirios, etc. Acabada a procissão, antes que se apagassem as candeas, ouvio N. S. aquelles virtuosos meninos com outros da nao. Tambem ouve disciplina, e veo de improviso hum vento e começou a crecer… Ficou a gente muito espantada de tal milagre, dando muitas graças ao Senhor”.

El padre Antonio predicaba, doctrinaba, confesaba y decía misa en la embarcación. Durante la travesía, bautizó también a cinco pasajeros:

“Estes christãos forão feitos na nao com tanta solenidade que a gente toda ficou mui satisfeita. Ordenamos na nao dous altares, hum aonde o Padre disse missa e outro onde venzeo agoa, e yamos em procissão e os christãos em meio com suas candeas na mão até o altar onde os bautizarão, e os meninos ião cantando Laudate pueri Dominum, com outros psalmos, e os christãos yão muito bem vestidos que os portugueses os vestirão, e alguns delles yá sabião a doutrina toda, que certo me espantava em tão poucos dias aprenderem tanto”.

Hicieron escala en Mascate –actual capital del sultanato de Omán– para aprovisionarse. Llegaron a Ormuz el miércoles 24 de mayo por la mañana, cincuenta días después de su partida de Goa, cuando lo normal era tardar dos semanas. Fueron trasladados a tierra por la tarde:

“E fomos em procissão com quasi toda a gente da nao a huma ygreja nossa –que o Padre Mestre Gaspar fez mea legoa da cidade– que se chama S. Paulo. E despois à noite viemos a ver o capitão da fortaleza que estava doente…”.

Visitaron también al vicario Antonio de Moura y a los padres Gonzalo y Francisco da Certam que estaban también enfermos, aquejados de una epidemia que causó, en dos meses, más de cuatrocientas bajas entre los habitantes de la isla.

Como en otras misiones en Asia y América, los “meninos orfãos” desempeñaron un importante papel en las ceremonias oficiadas en Ormuz, cantando polifonía y ayudando en la labor doctrinal con la población local:

“E assi tambem, Padre meu dilectissimo, os meninos que trouxemos estão muito bem; hum delles foi alguns dias doente de febres. E este verão, por amor das grandes calmas, não se fazião procissões, agora –que o tempo va arrefecendo– començão yá de vir a este nosso S. Paulo, da see em procissão, e os meninos cantando a ladinha com outras prosas. O vigairo folga grandemente com os meninos e com o Padre Antonio, amam-se muito e fazem ambos as cousas da christandade com muito fervor.

Tambem todas as sextas-feiras temos aquí huma missa de huma confraria do Bom Jesus, aonde vem, aquasi toda a gente da cidade, que não cabe na ygreja, e o Padre lhe prega à missa e os meninos a officião de canto d’orgão, que faz muita devação à gente. Muita gente se vem confessar a esta nossa casa, tomar o Sanctissimo Sacramento, a disciprina muitas vezes e outros tomão as meditações da 1ª semana e se confesão geeralmente.

O Padre prega na see os domingos e santos, e confessa no hospital e polla ciudade…”

El padre Alejo hace especial hincapié en la labor que la Compañía de Jesús podía hacer en esta tierra y da cuenta de algunos detalles de su vida cotidiana, en ocasiones, atemorizados por la amenaza del “Gran Turco”:

Nos, Padre meu, estamos neste collegiozinho que fez o padre Gaspar, soos, fora do trafico da ciudade, posto que meudamente o Padre e eu lá, vamos a fazer a doutrina e a tanjer a campainha pollas almas do purgatorio com o mais que nos hé necessario fazer, e quando vimos achamo-nos soos e quietos. Temos nossas horas de oração, assi os meninos o mesmo… Nós sempre nos estivemos na nossa casa, porque o capitão [Antão de Noronha] disse ao Padre que, quando fosse necessario, elle nos madaria buscar pera a fortaleza. Nós, nesse tempo, faziamos de noite procissão por derredor da ygreja com os nossos meninos e com os que ensinamos a doutrina, e tinhamos disciplina hums e outros”.

Se desconoce la localización exacta de la iglesia de San Pablo en Ormuz, por lo que hemos geolocalizado este artículo en la fortaleza portuguesa del siglo XVI, de la que se conservan sus ruinas y en un punto de la ciudad, bajo la denominación de “varias localizaciones”.

Source:

Bibliography:

Monumenta Missionum Societatis Iesu. Vol. VI. Missiones Orientales. Documenta Indica III (1553-1557). Editado por Josef Wicki, S.I. Roma, Apud “Monumenta Historica Soc. Iesu”, 1954, 17-26.

Alonso Romo, Eduardo Javier, “Gaspar Barzeo: el hombre y sus escritos”, Archivum Historicum Societatis Iesu 77 (2008), 75-80.

Created: 06 Aug 2023
Modified: 05 Sep 2023
Referencing: Ruiz Jiménez, Juan. "Meninos orfãos at the Jesuit mission of Ormuz (1553)", Historical soundscapes, 2023. e-ISSN: 2603-686X. https://www.historicalsoundscapes.com/en/evento/1568/ormuz.
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